Após se apresentar espontaneamente, homem foi liberado pela polícia.
Veículo com cédulas de real e dólar foi localizado no aeroporto de Goiânia.
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Um homem se apresentou à Polícia Federal na sexta-feira (8) alegando ser o dono do R$ 1,3 milhão encontrado dentro de um carro, no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. Depois de prestar depoimento, ele foi liberado porque, segundo a polícia, se apresentou espontaneamente e o inquérito não foi aberto oficialmente. Sendo assim, não há como fazer o pedido de prisão preventiva. A PF ainda continua investigando o caso.
As imagens do momento em que o veículo entrou no estacionamento foram divulgadas pela polícia (veja vídeo acima). No vídeo é possível ver que o carro passa pela barreira de controle, mas não é possível identificar o rosto do motorista. A data de entrada registrada pela câmera é o dia 26 de fevereiro.
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Em depoimento ao delegado federal Marcel de Oliveira, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio, o homem declarou que o dinheiro é fruto de agiotagem, operações em casas de câmbio, compra e venda de imóveis e carros. Ainda de acordo com a polícia, ele disse ainda que deixou o veículo no local porque estava sendo perseguido e acreditava que o aeroporto seria um lugar seguro.
Abandonado no estacionamento do local, o veículo, uma Fiat Strada, estava aberto, com chaves e documentos quando foi encontrado pela Polícia Militar na terça-feira (4), após uma denúncia anônima feita de um orelhão. Para o delegado, está claro que o dinheiro teria uma finalidade. “Ninguém iria esquecer uma quantia dessas em um veículo aberto. Por isso, ainda não descartamos nenhuma possibilidade”, destacou.
Após contar as notas, a PF informou ao G1 que dentro da bolsa havia US$ 507 mil dólares. Já em real, foi contabilizado R$ 95 mil. Conforme a conversão feita pela polícia, o dinheiro somado corresponde a R$ 1.364.000,00. O dinheiro segue apreendido na sede da PF e será depositado em uma conta judicial, até que as investigações sejam concluídas.
O aúdio da denúncia feita à PM foi solicitado pelo delegado. “Já ouvi extraoficialmente que esse áudio não foi gravado, por conta de uma falha técnica. Eu lamento, pois ele poderia nos dar mais pistas, mas sei que problemas acontecem”, afirmou Marcel.
Por meio de nota, a PM informou que não vai se pronunciar sobre o caso.
Investigação
A polícia investiga sete pessoas suspeitas de ligação com o R$ 1,3 milhão. Uma delas é uma estudante, que já prestou depoimento. “Fomos até a casa dela que, inclusive, permitiu que fizéssemos uma busca e apreensão. Ela disse que só soube do caso pela imprensa”, relatou o delegado.
Segundo Marcel de Oliveira, a jovem foi identificada por meio de correspondências encontradas dentro do veículo. “Esses documentos também nos ajudaram a chegar até os outros seis nomes. Ainda não sabemos se todos os dados contidos neles são verídicos e continuamos investigando”, afirmou.
Também entre os investigados está uma mulher, que é apontada como sendo a proprietária do carro. “Os advogados se apresentaram e ela deve ser ouvida em breve. Aí ela terá que explicar porque seu carro estava no local e se sabe qual é a origem do dinheiro. Também ainda não está clara se há ligação entre ela e a estudante que já foi ouvida”, informou Marcel.
Marcel explicou que a primeira linha de investigação é a de que o dinheiro é fruto de explosões a caixas eletrônicos. “Algumas das notas têm manchas de tintas, mas a quantidade não é significativa. Além do mais, boa parte do dinheiro está em dólar e isso mostra que, se a hipótese for verdadeira, ele já foi trocado”, explicou.
Outras suspeitas da PF são de que as quantias sejam ligadas ao tráfico de drogas, crimes de evasão de divisas, pagamento de resgate e até crimes eleitorais. “Não temos nada de concreto ainda. As pessoas investigadas, a princípio, não têm ligações com políticos ou partidos”, disse o delegado.
A polícia investiga sete pessoas suspeitas de ligação com o R$ 1,3 milhão. Uma delas é uma estudante, que já prestou depoimento. “Fomos até a casa dela que, inclusive, permitiu que fizéssemos uma busca e apreensão. Ela disse que só soube do caso pela imprensa”, relatou o delegado.
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