Os manifestantes da Marcha da Liberdade deixaram o vão do Masp, na avenida Paulista, por volta de 16h10 deste sábado (18). Escoltados pela polícia, eles seguiram em passeata até o cruzamento com a rua da Consolação e retornarão ao museu.
Por causa do protesto, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interrompeu o trânsito de veículos no sentido da Consolação, duas faixas da avenida eram ocupadas pelos manifestantes.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de mil pessoas participam do ato. O grupo usa instrumentos de percussão para fazer barulho e muitos vestem camisetas defendendo a descriminalização da maconha e a liberdade de expressão. O policiamento em toda a região foi reforçado, no entanto, o Comando da PM desistiu de usar a Tropa de Choque durante a manifestação. Na última marcha, ocorrida no dia 21 de maio, também na Paulista, houve confusão e a polícia usou bala de borracha e bomba de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Quatro pessoas chegaram a ser detidas.
A marcha nasceu depois da repressão policial à Marcha da Maconha. Além da descriminalização da maconha, o ato é a favor da liberdade de expressão e contra a violência policial. Em São Paulo, a Marcha da Liberdade é organizada pela Marcha da Maconha SP, o Coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR), o circuito Fora do Eixo, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), Organização Popular Aymberê (OPA), Coletivo Intervozes, centros acadêmicos, Tribunal Popular, Comitê contra o Genocídio da População Negra, e entidades de grupos homossexuais. Confrontos A determinação da Polícia Militar é evitar confrontos. O major Marcelo Pignatari, responsável pelo policiamento no local, afirmou à reportagem que o policiamento está no local "para garantir a segurança dos manifestantes". A Polícia Militar levou à avenida um efetivo de 130 homens a pé, 30 da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) e 40 policiais que já fazem rotineiramente o patrulhamento da região. Cinco câmeras serão usadas pela polícia com o objetivo de flagrar eventuais delitos e também para registrar as ações da polícia. A intenção, segundo o major, será abordar quem estiver usando drogas da forma que for possível, mas com segurança.
- O que foi assegurado é o direito à manifestação. A jornalista Gabriela Moncau, 22 anos, uma das organizadoras da Marcha da Liberdade e da Marcha da Maconha afirmou que "uma outra pauta da marcha é a regulamentação que impeça o uso de armas pela Polícia Militar durante manifestações públicas. Temos, inclusive, uma audiência pública agendada para 30 de junho na Assembleia Legislativa".A marcha acontece em ao menos 41 cidades do país neste sábado. O protesto une ativistas de várias causas, da luta contra o racismo à preservação ambiental, dos direitos homossexuais ao vegetarianismo, do combate à violência contra a mulher à defesa dos animais.
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