Entrega de abaixo-assinado gera tumulto na Prefeitura de Aracaju
Na manhã dessa quarta-feira, 2, representantes do ‘Movimento não pago’, estiveram na Prefeitura Municipal de Aracaju para protocolar um abaixo-assinado contra o aumento da passagem de ônibus. Mas, o que deveria ser um ato pacífico foi transformado em um empurra-empurra. Guardas Municipais de mãos dadas colocavam os manifestantes para fora da prefeitura.
Os representantes do movimento questionavam o porquê da atitude da guarda, e a resposta era de que haviam recebido uma ordem e a estavam cumprindo. Depois de alguns minutos de tumulto, um dos soldados disse que a ordem seria dele. “Eu que ordenei”, repetia o guarda Jorge, assessor operacional e chefe do serviço da guarda na prefeitura no dia de hoje. Segundo Jorge, só um dos integrantes do movimento poderia entrar na prefeitura para protocolar o documento.
Porém, depois de minutos de confusão chegou o comandante da guarda – municipal major Edenisson que contornou a situação. A alegação dele é de que é proibida a entrada de manifestantes. Ou seja, se um grupo for reivindicar, não entra todo mundo. Só entra os representantes do movimento.
De acordo com o comandante, major Edenisson, os guardas apenas estavam cumprindo uma ordem sua de retirar as pessoas. “É uma norma, não podemos permitir que manifestações entrem na prefeitura e nos demais órgãos públicos. É uma questão de segurança”, explica o comandante.
Em seguida, alguns jovens puderam entrar na prefeitura acompanhados do comandante da guarda. O representante do “Movimento Não Pago”, Lucas Gama, enfim protocolou o baixo-assinado que continha mais de 2.800 assinaturas. “Esse conflito na entrega do abaixo-assinado demonstra de que lado o prefeito está , do lado dos empresários e contra os trabalhadores. Colocar a guarda - municipal para reprimir uma manifestação pacífica e legítima é um absurdo”, lamenta Lucas.
O objetivo da manifestação era solicitar ao prefeito que revertesse o aumento da passagem, que foi de R$ 2,10 para 2,25, que está em vigor desde domingo, 30 de janeiro. “A passagem aumentou acima da inflação e do salário mínimo que ainda nem entrou em vigor. Solicitamos que o poder público melhorar o transporte público na capital sergipana e reivindicamos a abertura do diálogo com a população.”, disse Lucas Gama.
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