ABIDJAN (Reuters) - Forças leais a Alassane Ouattara, que reivindica a presidência da Costa do Marfim, tomaram o controle de duas importantes cidades no cinturão do cacau no oeste do país, enquanto a ofensiva também cresce na região leste.
Na segunda-feira, forças leais ao rival de Ouattara e atual líder do país, Laurent Gbagbo, abriram fogo contra civis em Abidjan, matando cerca de 10 pessoas, segundo a missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) em comunicado. O incidente mostra a crescente violência no conflito que surgiu no país da África Ocidental após as eleições.
Testemunhas e combatentes de ambos os lados do conflito disseram nesta terça-feira que os ex-rebeldes, que controlam o norte da Costa do Marfim desde a guerra civil de 2002-3, tomaram o controle da cidade de Daloa, antes dominada pelas tropas de Gbagbo, no oeste do país.
Eles também tomaram Duekoue, mais para o leste. As duas cidades são passagens em potencial para o principal porto de exportação de San Pedro, e a área que eles agora controlam produz cerca de 600 mil toneladas de cacau por ano, metade da produção total da Costa do Marfim.
Os combates estavam limitados a Abidjã e ao extremo oeste do país, mas as forças pró-Ouattara agora estão avançando no extremo leste, marchando para o sul, próximo à fronteira com Gana.
Uma nova onda de violência tomou conta do país depois das eleições presidencias em novembro passado. A ONU confirmou a vitória de Ouattara nos resultados, mas Gbagbo recusou-se a aceitar a derrota, reavivando uma guerra civil no país que a eleição pretendia encerrar.
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