Compradores faltaram nesta segunda (9) para derrubar valor dos imóveis. Justiça Federal determinou nova data e desconto de 50%.
Terminou sem arremates nesta segunda-feira (9) o primeiro leilão para a venda de duas mansões localizadas em São Paulo e compradas com dinheiro do assalto ao Banco Central, realizado em Fortaleza, em 2005. Ante à ausência de manifestação de compradores, a Justiça Federal determinou novo leilão, marcado para 16 de maio, às 14h.
Foram levadas a leilão uma mansão em Alphaville, em Barueri, na Grande São Paulo, por R$ 1.136.223 e uma mansão em Itu, no interior do Estado, por R$ 508 mil. Como não houve interesse nesta primeira oferta, a Justiça determinou redução de 50% no valor destes imóveis.
A assessoria da Justiça Federal diz que a ausência de compradores neste estágio do leilão é praxe, uma estratégia usada pelos compradores para derrubar o preço. No entanto, há expectativa de que, por causa do grande número de interessados, os imóveis sejam arrematados com larga vantagem em relação à nova oferta inicial.
A casa de Itu tem área de 3 mil metros quadrados, campo de futebol e piscina. A de Alphaville - no condomínio Alphaville Plus - tem três andares, piscina e 380 metros quadrados de área construída, em um terreno de 525 metros quadrados. Caso queira ficar no imóvel de Alphaville, o inquilino que atualmente o ocupa terá que fazer novo contrato. Ou o comprador terá a liberdade de estipular prazo para que saia.
A gestora do leilão, Débora Ferreira, disse que nesta segunda-feira foram arrematados outros três imóveis pertencentes à quadrilha no Ceará. De acordo com ela, a Justiça deverá determinar o leilão de um imóvel de 290 alqueires, avaliado em mais de R$ 1,2 milhão, localizado em Boa Viagem, no Ceará.
Recuperação Apreendidos pela Justiça cearense, diversos bens comprados pelos criminosos estão sendo leiloados desde 2007, que vão de posto de combustível em Mato Grosso a imóveis em São Paulo, Ceará, Piauí e Paraíba.
Entre os bens estão joias, relógios, carros de luxo e até cabeças de gado. A Justiça Federal estima que R$ 2,5 milhões em bens tenham sido recuperados. No total, R$ 20 milhões foram recolhidos de contas bloqueadas e dinheiro em espécie encontrado. Mas tudo isso representa apenas 12% do que foi roubado. O grupo levou R$ 164 milhões.
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