a pressão e especulação
Com a vice-Presidência e apoiando formalmente o candidato do PT pela primeira vez na história da redemocratização brasileira, o PMDB quer manter sua influência. Diz que não pretende ter mais ministérios, mas afirma também que não aceitará ver seu espaço reduzido. Segundo o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves, “o PMDB não terá a ousadia de avançar um milímetro em seus direitos, mas também não vai recuar um milímetro em seus deveres”.
O PSB, por sua vez, partido que cresceu bastante nos Estados após eleger seis governadores (ficou atrás apenas do PSDB, que elegeu oito), diz em público que ainda é muito cedo para discutir cargos. No momento, a tarefa da legenda, segundo o seu presidente, o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, é “ajudar” Dilma. Em privado, entretanto, a cúpula da sigla não esconde o desejo por um ministério de mais influência, como Integração Nacional ou Cidades. Hoje, o PSB tem nas mãos duas pastas consideradas pequenas: Ciência e Tecnologia e a Secretaria de Portos, que têm status ministerial.
Menos cauteloso e mais explícito em suas reivindicações, o PDT manifestou, por meio do deputado federal Paulinho da Força (SP), a intenção de conquistar mais um ministério. De acordo com Paulinho, graças à sua bancada, a legenda - que já ocupa o Ministério do Trabalho com Carlos Lupi - tem o direito a mais uma pasta, “talvez na área social”.
Além desses três partidos e do próprio PT, fazem parte da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, que elegeu Dilma, o PCdoB, o PR, o PRB, o PSC, o PTC e o PTN. Ainda que nem todas essas legendas consigam indicar um ministro, é certo que vão querer, pelo menos, outros cargos e espaço.
Contemplar todos esses aliados e ainda, nas palavras do presidente Lula, fazer um ministério “com a sua cara”, é a missão que Dilma terá pela frente nas próximas semanas. Na viagem que fará com Lula à Coreia do Sul, na semana que vem, a presidente eleita deverá adiantar bastante a questão. Veja, no infográfico abaixo, os mais cotados para assumir as pastas do novo governo.
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