para "gasto livre" em 2011
Conheça a programação das audiências públicas sobre o Orçamento de São Paulo
Desde o começo da atual gestão, a prefeitura propõe e os vereadores aprovam esse percentual (15%). Na prática, a prefeitura efetivamente movimentou entre 4,63% e 8,6%, de 2005 a 2009.
No governo de Luíza Erundina (1989 - 2002), que não tinha maioria na Câmara dos Vereadores, o percentual chegou a ser de 1%. Toda mudança de destinação do dinheiro que fosse além desse percentual tinha que ser aprovada pelo Legislativo. Depois do governo Erundina, todos os prefeitos foram aumentando o percentual até o teto de 15%, usado também por governos como o de Marta Suplicy (2001 - 2004) e José Serra (2005 - 2006).
– Uma das grandes falhas da Lei de Responsabilidade Fiscal [regra que disciplina os gastos nos Estados e municípios] foi não ter estabelecido um limite para esses remanejamentos.
Odilon Guedes, economista, ex-vereador e integrante da Rede Nossa São Paulo, concorda com Khair e critica a postura da Câmara ante o alto índice de remanejamento.
– É um absurdo o Legislativo concordar com isso. Independente do governo que seja, o papel da Câmara deveria ser o de acompanhar os gastos da prefeitura.
Khair e Guedes dizem acreditar que 3% seria o suficiente para a prefeitura remanejar. O vereador Antônio Donato (PT) diz que tenta fazer com que o percentual caia para 5%. Para ele, esse valor é o adequado independentemente de qual partido político estiver no comando do governo de São Paulo.
– Só no primeiro ano de mandato faria sentido ter um remanejamento de 15%, pois quem fez a proposta de Orçamento foi a equipe que estava no último ano de mandato.
O vereador José Police Neto (PSDB), líder do governo na Câmara, afirma que ainda é necessário fazer uma discussão técnica sobre o Orçamento deste ano para determinar se a prefeitura vai mesmo necessitar dos 15%.
Durante a primeira audiência pública para discutir o Orçamento, o titular da Secretaria Municipal de Planejamento, Rubens Chammas, destacou que os 15% ajudam a prefeitura a lidar com situações emergenciais, como as enchentes no Jardim Pantanal. No início deste ano, fortes chuvas deixaram várias ruas da região debaixo d'água por cerca de três meses.
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